terça-feira, 31 de dezembro de 2013

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Palavras-chave para viver em paz e alegria em família: com licença, obrigado, desculpa


Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Neste primeiro domingo depois do Natal, a Liturgia nos convida a celebrar a festa da Sagrada Família de Nazaré. De fato, todo presépio mostra Jesus junto com Nossa Senhora e São José, na gruta de Belém. Deus quis nascer em uma família humana, quis ter uma mãe e um pai, como nós.
Este nosso olhar hoje para a Sagrada Família se deixa atrair também pela simplicidade da vida que essa conduz em Nazaré. É um exemplo que faz tanto bem às nossas famílias, ajuda-as a se tornarem sempre mais comunidades de amor e de reconciliação, na qual se experimenta a ternura, a ajuda mútua, o perdão recíproco. Recordemos as três palavras-chave para viver em paz e alegria em família: com licença, obrigado, desculpa. Quando em uma família não se é invasor e se pede “com licença”, quando em uma família não se é egoísta e se aprende a dizer “obrigado” e quando em uma família um percebe que fez algo ruim e sabe pedir “desculpa”, naquela família há paz e alegria. Recordemos estas três palavras. Mas podemos repeti-las todos juntos: com licença, obrigado, desculpa. (Todos: com licença, obrigado, desculpa!). Gostaria também de encorajar as famílias a tomar consciência da importância que têm na Igreja e na sociedade. O anúncio do Evangelho, de fato, passa antes de tudo pelas famílias, para depois alcançar os diversos âmbitos da vida cotidiana.

Papa Francisco

sábado, 28 de dezembro de 2013

Carta aos zeladores

Querido zelador, querida Zeladora:
Feliz Natal e Santo Ano Novo.
Chegamos ao fim de mais um ano. Nele pudemos realizar o Iº Congresso das Capelinhas em Niterói - RJ. 48 pessoas de Sergipe, Minas e Rio de Janeiro se fizeram presentes.
Durante o Congresso apresentamos o que o Espírito Santo nos deu como objetivo do Projeto Misericórdia nas Famílias. Ele é duplo:
1-Difundir a cultura de Pentecostes;
2-Difundir a Misericórdia.
O Documento de Aparecida diz: "Esperamos um novo Pentecostes que nos livre do cansaço, da desilusão, da acomodação ao ambiente, esperamos uma vinda do Espírito que renove nossa alegria e nossa esperança." (DA 362) "Necessitamos de um novo Pentecostes!" (DA 548)
A Comunidade Anunciadores da Misericórdia e consequentemente o Projeto Misericórdia nas Famílias nasceu dessa corrente de graças na Igreja Católica - a Renovação Carismática Católica - pela graça do batismo ou efusão do Espírito Santo na vida do fundador da mesma, Pe. Antônio Aguiar.
Daí que o primeiro objetivo do Projeto Misericórdia nas Famílias seja fazer acontecer a graça de um novo Pentecostes na Família, procurando difundir essa cultura de Pentecostes na qual a Comunidade Anunciadores da Misericórdia foi gerada.
 Daí que o zelador deve estar aberto ao Batismo no Espírito Santo, a receber, a viver e a rezar pelos seus zelados pelo Batismo no Espírito Santo e consequentemente orar em línguas, abrir-se à manifestação dos dons e carismas.
O segundo objetivo do Projeto é a divulgação ou difusão da Misericórdia nas famílias, entendido como difusão da mensagem que Jesus transmitiu a Santa Faustina e por meio dela a nós, para favorecer o encontro pessoal com Cristo, com a Misericórdia e com ele a Reconstrução de vidas.
No Documento de Aparecida 14 diz: "A Igreja existe para promover e formar discípulos e missionários que respondam à vocação recebida e comuniquem por toda parte, transbordando de alegria e gratidão, o dom do encontro com Jesus Cristo. Não temos outra felicidade nem outra prioridade senão a de sermos instrumentos do Espírito de Deus na Igreja, para que Jesus Cristo seja encontrado, seguido, amado, adorado, anunciado e comunicado a todos, não obstante as dificuldades e resistências".
Daí o primeiro passo que procuramos inculcar naqueles a quem somos enviados seja a confiança na Misericórdia:
 “A pessoa que confiar na Minha Misericórdia é a mais feliz, porque eu mesmo cuido dela” (D. 1272).
“Quem confia na Minha Misericórdia não perecerá, porque todas as suas causas são minhas, e os seus inimigos desbaratados aos pés do meu escabelo” (Diário, 723).

O segundo passo é motivar à prática das obras de misericórdia corporais e espirituais:. dar de comer a quem tem fome, de beber a quem tem sede, vestir os nus, visitar os doentes e os presos, acolher os peregrinos e enterrar os mortos. Suportar com paciência as fraquezas do próximo, perdoar quem me ofendeu, consolar os aflitos, corrigir quem está errado, ensinar quem é ignorante, rezar pelos vivos e pelos mortos e dar bom conselho
Não podemos deixar de viver nenhum dos dois aspectos. Somente quem os abraçar poderá considerar-se membro do Projeto Misericórdia nas Famílias. 
Deus abençoe a todos no discernimento que precisam fazer.
Padre Antônio Aguiar

E quando os cristãos se esquecem da esperança?,

E o que acontece quando os cristãos se esquecem da esperança?, pergunta-se o Papa. "Quando os cristãos se esquecem da esperançae da ternura, tornam-se uma Igreja fria, que não sabe para onde ir e se refreia nas ideologias, nas atitudes mundanas. Enquanto a simplicidade de Deus te diz: segue em frente, eu sou um Pai que te acaricia. Tenho medo quando os cristãos perdem a esperança e a capacidade de abraçar e acariciar."

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Bodas de Caná

"Mas você guardou o vinho melhor até agora". (Jo 2)
O vinho melhor está guardado até agora, isso é, o que você construiu para a sua vida não é o vinho melhor, pois foi construído, foi pensado por você. Este vinho precisa ser desconstruído - o que aconteceu com o primeiro vinho - para que o vinho melhor, que é aquilo que Deus construiu, pensou para você possa aparecer.
Não sei se você se contenta com o vinho velho, com aquilo que foi construído por você e para você. Eu quero o vinho novo, o vinho melhor, aquilo que foi construído e pensado por Deus para mim.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

O Paráclito

Em Jo 14 Jesus diz que vai pedir ao Pai que nos envie o Paráclito.
O Paráclito é o Espírito Santo.
A Palavra Paráclito significa defensor, advogado, intercessor, etc.
Ele nos pede na liturgia de hoje que não nos preocupemos com a nossa defesa quando formos colocados em situações  de perseguição pois o próprio Espírito Santo nos dará palavras a quem ninguém resistirá. 
E nos apresenta o testemunho de Santo Estevão que agiu dessa maneira recebendo a palma do martírio.
Clamemos então no dia de hoje: Vinde, Espírito Santo!

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

“Vou estragar a infância do meu filho se contar a ele que o Papai Noel não existe?”.


A minha resposta é sim, revelar que o Papai Noel não existe vai estragar a magia da infância dos seus filhos. Mas só se o Natal, para eles, for apenas uma questão de presentes e de contos e lendas. 
Já se você quiser abrir para eles um "caminho melhor", a minha resposta é não, absolutamente não vai estragar a infância dos seus filhos se contar a eles que o Papai Noel não existe. 
E por que não explicar aos filhos que os presentes colocados embaixo da árvore são um símbolo minúsculo do grande presente de Deus para a humanidade, o seu próprio Filho, Jesus Cristo?
Por que não explicar que, apesar da crise, os pais, tios e tias, avôs e avós se prodigalizam para dar presentes não tanto pelos presentes em si, mas porque aprendemos de Jesus que há mais alegria em dar do que em receber e porque a fé nos ensina a beleza de estar juntos sob o mesmo teto?
Por que não ajudar a entender que o Papai Noel é um conto útil para nos lembrar de uma realidade muito mais bonita do que a ficção, a dos santos (neste caso, São Nicolau), que abrem os corações à generosidade para com o próximo, porque eles foram visitados e tocados pelo amor de Jesus, que nos amou primeiro?
O santo bispo Nicolau amava as crianças gratuitamente, não como o Papai Noel do meu bairro, que anunciava num cartaz: "Agende no parque da cidade a distribuição dos seus presentes com o Papai Noel!". E completava, em letras menores: "A partir de 3 euros por presente".

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

domingo, 22 de dezembro de 2013

A paciência

paciência. É uma virtude estranha e difícil de praticar, porque, nela, a melhor maneira de "fazer" é "não fazer" nada. Praticar essa virtude nos lembra que damos mais glória a Deus, que nos tornamos mais plenamente aquilo que somos chamados a ser, quando paramos de nos concentrar apenas no “fazer” e passamos a trabalhar no “ser”.
 em torno disso que gira o advento, não é? "O mundo espera em solene quietude", ouvimos no antigo hino de Natal. E nós, em solene quietude durante o advento, esperamos... esperamos... esperamos. Não há nada que possamos “fazer”. Nós só podemos esperar. Nós só podemos “ser”.
A prática da paciência é sempre um desafio. Mas, no advento, ela é sempre um pouco mais fácil. A plenitude não parece estar mais a uma vida inteira de distância. Podemos até contar os dias para a sua chegada, nas velas acesas da coroa do advento. Só mais um pouco e Ele estará conosco! Paciência... Cristo está vindo!

sábado, 21 de dezembro de 2013

Papa Francisco escreve a uma criança com câncer


Vaticano, 3 de dezembro de 2013.
 
Cara Cristina:
 
Foi uma alegria muito grande receber sua carta do último dia 20 de novembro. Que o Senhor lhe retribua esta delicadeza. Fez-me muito bem perceber a fortaleza com que você está enfrentando este período da sua vida, certamente especial: são momentos difíceis.
 
Por favor, não desanime! A doença, se a olharmos com espírito de fé, é uma escola. Nela, aprendemos a conhecer profundamente o coração de Deus, que transborda de ternura. Aprendemos a conhecer os outros, pois, quando o vento sopra a favor, tudo fala de sorrisos e felicitações. Mas é em meio à dor que descobrimos onde estão os autênticos amigos e as pessoas que nos amam de verdade.
 
Finalmente, ainda que não menos importante, na doençaaprendemos a conhecer-nos melhor e percebemos que o Senhor não nos abandona, e sim nos dá uma série de recursos interiores para enfrentar a adversidade, que inclusive nós mesmos chegamos a nos maravilharmos.
 
Se a tudo isso, como você me conta na carta, acrescentamos que há poucos dias você recebeu a luz do Espírito Santo no sacramento da Confirmação, melhor ainda! Que este dom de Deus a ajude a ser uma cristã melhor e uma mulher cada dia mais corajosa, que olhe para a vida sem complexos. Você bem sabe que Deus nunca vai lhe falhar.
 
Eu lhe garanto que você pode contar com a minha proximidade e minha oração. Vou orar por você, pedirei ao Senhor que continue lhe ajudando e que aumente este entusiasmo e esta confiança que sua carta demonstra. Você, por outro lado, não se esqueça de rezar por mim: sozinha, mas também com a sua família e – por que não? – com os amigos que você conheceu na paróquia de Sant’Ana e no colégio Sagrada Família. Não deixem que lhes roubem a alegria!
 
Mande uma saudação minha aos médicos que cuidam de você. Tenho certeza de que eles darão o melhor de si o seu tratamento. Uma saudação também aos seus pais, María Jesús e Ernesto, às suas irmãs, Begoña e Irene, aos seus professores e ao seu pároco, o Pe. Ángel.
 
Neste Natal que se aproxima, eu lhe desejo que sejam dias repletos da graça e da alegria de Deus, e que você os viva muito unida a São José e a Nossa Senhora. Prepare-se para receber Jesus com o mesmo amor com que eles o receberam.
 
Que Jesus a abençoe e Nossa Senhora cuide de você. E, por favor, reze por mim.
 
Com carinho,
Francisco

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

IMPORTANTE

Olá, Antônio !
Escrevo este e-mail para lhe dar uma grande notícia: na terça-feira, os defensores da vida e da família no Brasil tiveram uma grande vitória, que, na verdade, foi uma vitória dada por Deus!
Houve três decisões cruciais para o destino da família e da vida em nosso país. Uma estava relacionada ao novo Código Penal; outra, ao Plano Nacional de Educação e a terceira, ao PLC 122.
O que aconteceu?
O projeto do novo Código Penal foi aprovado sem referências a identidade de gênero e orientação sexual. Além disso, a situação em relação ao aborto permanece a mesma; não haverá legalização, como previa o texto inicial do projeto. É claro que essa não é a situação ideal, mas ao menos não houve avanço da agenda abortista no que diz respeito do novo Código. O projeto não foi aprovado definitivamente. Por isso, teremos de continuar atentos. 
Os senadores aprovaram a proposta do governo do PT para o Plano Nacional de Educação. Ela contém diversos problemas, mas ao menos a proposta foi aprovada sem nenhuma referência a identidade de gênero ou orientação sexual. O texto tramitará na câmara dos deputados. Portanto, deveremos ficar atentos para que não haja a tentativa de incluir novamente essa terminologia tão perigosa.
Finalmente, o PLC 122 foi apensado, ou seja, anexado ao processo de aprovação do novo Código Penal. Isto significa que ele não será votado como projeto de lei à parte, mas no contexto do novo Código. Como este não contém as referências ao suposto crime de homofobia, nem à ideologia de gênero, não poderá ser aprovado e terá de ser abandonado.
A que se deveram essas vitórias? Ao esforço silencioso – mas eficaz – de alguns pró-vida que conseguiram alertar nossos políticos sobre o perigo da ideologia de gênero; além disso, deveram-se também à sua colaboração com a assinatura das campanhas (cada assinatura, para quem ainda não sabe, enviava um e-mail diretamente aos senadores que poderiam se sensibilizar) e aos telefonemas. Foram milhares de e-mails enviados e muitas ligações. Houve também o trabalho de alguns parlamentares sensíveis à causa da vida e da família. Esse esforço em conjunto foi muito eficaz para alertar os nossos representantes no governo sobre a gravidade das propostas que queriam aprovar. Por graça de Deus, e por todo esse trabalho em conjunto, a vitória foi possível!
Muito obrigado por seu apoio e sua confiança!
Atenciosamente,
Guilherme Ferreira e toda a equipe de CitizenGO.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Maria a primeira difusora da Cultura de Pentecostes

Lc 1 quando fala da visita de Maria a sua prima Isabel, diz que quando as duas se encontraram Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
Dessa forma, vemos que Maria que já estava cheia do Espírito Santo comunicou com sua presença a Isabel o dom do Espírito Santo já que portava em seu ventre o doador do Espírito Santo, Jesus.
Esse acontecimento mostra também que Deus não quer que a experiência com o Espírito Santo seja uma experiência privada, mas deseja que a mesma seja comunicada a todos, difundindo assim a cultura de Pentecostes.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Não resistais ao Espírito Santo

Às vezes resistimos ao Espírito Santo quando construímos planos, projetos, pensamentos etc. e nos apegamos aos mesmos querendo realizá-los.
Mas, nossa maneira de ver, de pensar, de planejar - diz Jesus Misericordioso no D. 1448 - é a nossa maneira e não a dele, pois ele não vê como vemos.
Por isso, algumas vezes ele resolve desconstruir nos pensamentos, planos, projetos etc. e nos apresenta o que foi construído, pensado por ele e que deve se realizar. Se não tivermos a flexibilidade e a sabedoria de acolher o que vem do Espírito Santo vamos sofrer muito e nossos planos não irão se realizar.
Peçamos a docilidade ao Espírito Santo.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

O segundo objetivo do Projeto

O segundo objetivo do Projeto é a divulgação ou difusão da Misericórdia nas famílias, entendido como difusão da mensagem que Jesus transmitiu a Santa Faustina e por meio dela a nós, para favorecer o encontro pessoal com Cristo, com a Misericórdia e com ele a Reconstrução de vidas.
No Documento de Aparecida 14 diz: "A Igreja existe para promover e formar discípulos e missionários que respondam à vocação recebida e comuniquem por toda parte, transbordando de alegria e gratidão, o dom do encontro com Jesus Cristo. Não temos outra felicidade nem outra prioridade senão a de sermos instrumentos do Espírito de Deus na Igreja, para que Jesus Cristo seja encontrado, seguido, amado, adorado, anunciado e comunicado a todos, não obstante as dificuldades e resistências".
Daí o primeiro passo que procuramos inculcar naqueles a quem somos enviados seja a confiança na Misericórdia:
 “A pessoa que confiar na Minha Misericórdia é a mais feliz, porque eu mesmo cuido dela” (D. 1272).
“Quem confia na Minha Misericórdia não perecerá, porque todas as suas causas são minhas, e os seus inimigos desbaratados aos pés do meu escabelo” (Diário, 723).

O segundo passo é motivar à prática das obras de misericórdia corporais e espirituais:. dar de comer a quem tem fome, de beber a quem tem sede, vestir os nus, visitar os doentes e os presos, acolher os peregrinos e enterrar os mortos. Suportar com paciência as fraquezas do próximo, perdoar quem me ofendeu, consolar os aflitos, corrigir quem está errado, ensinar quem é ignorante, rezar pelos vivos e pelos mortos e dar bom conselho

domingo, 15 de dezembro de 2013

Objetivo do Projeto


É duplo o objetivo do Projeto Misericórdia nas Famílias:
1-Difundir a cultura de Pentecostes;
2-Difundir a Misericórdia.
O Documento de Aparecida diz: "Esperamos um novo Pentecostes que nos livre do cansaço, da desilusão, da acomodação ao ambiente, esperamos uma vinda do Espírito que renove nossa alegria e nossa esperança." (DA 362) "Necessitamos de um novo Pentecostes!" (DA 548)
A Comunidade Anunciadores da Misericórdia e consequentemente o Projeto Misericórdia nas Famílias nasceu dessa corrente de graças na Igreja Católica - a Renovação Carismática Católica - pela graça do batismo ou efusão do Espírito Santo na vida do fundador da mesma, Pe. Antônio Aguiar.

Daí que o primeiro objetivo do Projeto Misericórdia nas Famílias seja fazer acontecer a graça de um novo Pentecostes na Família, procurando difundir essa cultura de Pentecostes na qual a Comunidade Anunciadores da Misericórdia foi gerada. 

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Hoje começa o Congresso Misericórdia nas Famílias


Iniciamos hoje em Niterói com o auxílio de Deus o Iº Congresso Misericórdia nas Famílias.
Cinquenta representantes do Projeto de Evangelização dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Sergipe estarão reunidos para orar e discernir com a Comunidade Anunciadores da Misericórdia  os passos para o futuro.
Peço suas orações.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Um decálogo de vida e amor ao nascituro


1. Todo concebido, homem ou mulher, com deficiência ou não, gozará dos direitos enunciados nesta declaração.
 
2. Todo concebido tem direito de ser reconhecido como um indivíduo da espécie humana e, portanto, conta com todos osdireitos humanos reconhecidos pela ONU, pelos organismos internacionais e pelas constituições dos Estados.
 
3. Todo concebido tem direito de ser reconhecido em sua individualidade, já que seu código genético próprio é único e singular e, portanto, diferente daquele dos seus progenitores.
 
4. Todo concebido tem direito de que se reconheça e respeite nele o valor supremo da vida, do momento da concepção até a sua morte natural e, por isso, este direito deverá ser respeitado e cuidado e respeitado ao longo de todo o seu processo de vida no ventre materno e, uma vez nascido, fora dele.
 
5. O valor supremo da vida do concebido deve ser a diretriz a nortear os que têm a responsabilidade de velar pelo seu desenvolvimento integral. Tal responsabilidade cabe, em primeiro lugar, aos seus pais e, de maneira subsidiária, aos demais familiares, à sociedade e ao Estado.
 
6. Todo concebido deverá ser protegido de qualquer tipo de discriminação por razões de etnia, condição genética, sexo, origem social, situação econômica, dele ou dos seus progenitores.
 
7. O concebido é um indivíduo em desenvolvimento, com seusdireitos específicos, que não podem ser exigidos por ele nesta etapa da sua vida e, por isso, cabe aos seus pais, à sociedade e ao Estado a obrigação irrenunciável de velar pelo seu respeito.
 
8. Todo concebido, para o pleno e harmônico desenvolvimento da sua individualidade, deverá fazê-lo sob o amparo e responsabilidade dos seus pais, em um ambiente de carinho e segurança. A mulher grávida deverá contar com os cuidados próprios e atenções especiais desta etapa.
 
9. Todo concebido disporá das oportunidades e serviços dispensados pela lei e por outros meios, em condições de liberdade e dignidade, para que possa se desenvolver física, mental, espiritual e socialmente, de maneira integral; com este fim, deverão ser proporcionados, tanto a ele como à sua mãe, cuidados especiais.
 
10. Todo concebido tem direito a uma nacionalidade, e o Estado deverá reconhecer e proteger todos os seus direitos.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Importante: Divulgue

Dom Antonio Rossi Keller sai na frente e publica Nota Pastoral sobre o “Plano Nacional de Educação”.

DOM ANTONIO CARLOS ROSSI KELLER
PELA GRAÇA DE DEUS E DA SANTA SÉ APOSTÓLICA
BISPO DE FREDERICO WESTPHALEN (RS)

NOTA PASTORAL
A respeito do PLC 103/2012
“Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus os criou, homem e mulher os criou” (Genesis 1,27)
Irmãos e irmãs da Diocese de Frederico Westphalen, e homens e mulheres de boa vontade.
A todos envio minha saudação no Senhor a quem ansiosamente esperamos, celebrando o Advento.
No próximo dia 11 de dezembro, quarta-feira, o Senado Federal votará o PL 103/2012, o Plano Nacional de Educação, que será o parâmetro educacional para todas as escolas em nosso país.
Mediante um esforço conjunto entre membros da Igreja Católica e das Comunidades de confissão Evangélica, o Sen. Álvaro Dias (PSDB – PR) apresentou um relatório que conseguiu excluir o termo “ideologia de gênero” que constava no projeto original proposto pelo MEC.
No entanto, o Sen. Vital do Rëgo (PMDB – PA), da base governista, reintroduziu o mesmo conceito no projeto substitutivo, como se lê em seu próprio texto:
Art. 2o – São diretrizes do Plano Nacional de Educação:
“III – A superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da igualdade racial, regional, de gênero e de orientação sexual”.
Segundo os teóricos da “ideologia de gênero”, os indivíduos não se devem submeter àquilo que chamam de “ditadura do próprio corpo”, ou seja, à sua própria identidade biofísico-sexual (que eles denominam de sexismo), mas precisam se libertar, inventando seu próprio GÊNERO, o próprio papel social que se queira assumir (masculino, feminino, andrógino, transgênero ou algum outro que se possa conceber). Analisando a trajetória de países como a Suécia, este pode ser o primeiro passo da construção de todo um sistema dissolvente da identidade sexual das próximas gerações.
As consequências desta teoria são funestas para uma autêntica visão antropológica do ser humano. Além disso, tal teoria, que então seria a base do ensino em nossas escolas sobre a identidade sexual, propõe um novo modelo de família, não mais fundada na união entre homem e mulher, mas legitima outras formas de famílias, consequentemente reconhecendo o chamado “casamento homossexual”. Na vigência deste princípio, a sociedade não mais se organiza a partir das diferenças patentes existentes entre homem e mulher, mas sim nas diversas possibilidades de sexualidade…
Ora, tal visão é incompatível com a fé cristã, porque “subestima a realidade biológica do ser humano. Reducionista, supervaloriza a construção sociocultural da identidade sexual, opondo-a à natureza”. (Keys to bioethics, da Fundação Jerôme Lejeune, pg. 68).
Tratando-se de um Projeto de Lei, todas as escolas (mesmo as confessionais) precisariam se adequar, caso fosse sancionado, sob pena de serem acusadas de promoverem a desigualdade e a discriminação. Por isso, precisamos reagir como cidadãos que vivem a fé cristã, e solicitar de nossos representantes que atendam ao pedido do povo brasileiro, profundamente avesso a estas práticas, não aprovando este Projeto de lei da forma como está sendo apresentado.
Seria importante que cada diocesano e cada pessoa de boa vontade, cidadão com direito de se manifestar, entrasse em contato com os senadores de nosso estado, e o fizesse imediatamente. Resta-nos pouco tempo. As famílias brasileiras contam com a nossa prontidão.
Abaixo, coloco os nomes, telefones e endereços eletrônicos dos senadores gaúchos em exercício, para que aqueles que puderem, possam manifestar sua opinião contrária à aprovação deste Projeto de Lei Complementar.
Ana Amélia de Lemos
telefone: (61) 3303 6083
FAX: (61) 3303.6091
correio eletrônico: ana.amelia@senadora.leg.br
Paulo Renato Paim
telefone: (61) 3303-5227/5232
FAX: (61) 3303-5235
correio eletrônico: paulopaim@senador.leg.br
Pedro Jorge Simon
telefone: (61) 3303-3232
FAX: (61) 3303-1304
correio eletrônico: simon@senador.leg.br
Desejando a todos, já antecipadamente, um Feliz e Santo Natal do Senhor, abençoo-os,
+ Antonio Carlos Rossi Keller
Bispo de Frederico Westphalen

Olhos do coração

Li uma frase nessa manhã que me fez muito bem: 
"Misericórdia é olhar para a miséria do outro com os olhos do coração. Isso é possível, somente por termos olhado antes para as nossas misérias."
Me fez pensar no joio e no trigo, isso é, na tendência para o bem e na tendência para o mal que existe em nós e convivem durante toda a nossa vida em nós.
Não podemos simplesmente arrancar a tendência para o mal em nós (joio) e deixar somente o trigo (tendência para o bem). Mas, vamos precisar lutar diariamente para conseguir permitir que o bem, o trigo seja maior. E assim, vamos aprendendo a olhar para o joio do outro com os olhos do coração.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Pedido de orações


Peço orações a todos os zeladores pelo êxito do Congresso Misericórdia nas Famílias em Niterói - RJ
promovido pela Comunidade Anunciadores da Misericórdia.
Peço a quem vir essa mensagem que a passe adiante.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Local onde será o Congresso Misericórdia nas Famílias

CASA DE RETIRO MADRE MARCELLINE

O Centro de Espiritualidade Madre Marcelline, oferece aos grupos um espaço amplo:

• Salão com ar condicionado com capacidade para 80 pessoas;
• Capela com Santíssimo;
• Espaço de lazer com mesas de jogos;
• Espaço para trabalho de grupo;
• Dezenove quartos com capacidade para 53 pessoas internas.
Modos de aluguel:
• Diária completa com seis refeições
• Diária externa com refeições
• Diária interna sem refeições
• Outros modos a conversar com a direção

Venha nos fazer uma visita e agende conosco um encontro para seu grupo.

CEMM – CENTRO DE ESPIRITUALIDADE MADRE MARCELLINE

Vinculado a ASSOCIAÇÃO DE ASSISTENCIA SOCIAL CORAÇÃO DE JESUS
CNPJ: 30.093.348/0001-31
Rua: São Márcio, s/nº – Itaipu – Niterói – RJ – CEP: 24.355-235
Tel./ Fax: (021) 2609 – 8594 Email: cemmarcelline@gmail.com

domingo, 8 de dezembro de 2013

2. Tentações dos agentes pastorais


76. Agradeço o belo exemplo que me dão tantos cristãos que oferecem a sua vida e o seu tempo com alegria. Este testemunho faz-me muito bem e me apoia na minha aspiração pessoal de superar o egoísmo para uma dedicação maior.
77. Reconheço que precisamos de criar espaços apropriados para motivar e sanar os agentes pastorais, «lugares onde regenerar a sua fé em Jesus crucificado e ressuscitado, onde compartilhar as próprias questões mais profundas e as preocupações quotidianas, onde discernir em profundidade e com critérios evangélicos sobre a própria existência e experiência, com o objectivo de orientar para o bem e a beleza as próprias opções individuais e sociais». 
78. Hoje é possível notar em muitos agentes evangelizadores – não obstante rezem – uma acentuação do individualismo, uma crise de identidade e um declínio do fervor. São três males que se alimentam entre si.
79. A cultura mediática e alguns ambientes intelectuais transmitem, às vezes, uma acentuada desconfiança quanto à mensagem da Igreja, e um certo desencanto.
80. Nos agentes pastorais, independentemente do estilo espiritual ou da linha de pensamento que possam ter, desenvolve-se um relativismo ainda mais perigoso que o doutrinal. Este relativismo prático é agir como se Deus não existisse, decidir como se os pobres não existissem, sonhar como se os outros não existissem, trabalhar como se aqueles que não receberam o anúncio não existissem. 
81. Quando mais precisamos dum dinamismo missionário que leve sal e luz ao mundo, muitos leigos temem que alguém os convide a realizar alguma tarefa apostólica e procuram fugir de qualquer compromisso que lhes possa roubar o tempo livre.
82. O Por tudo isto, permiti que insista: Não deixemos que nos roubem a alegria da evangelização!
Não ao pessimismo estéril
84. O triunfo cristão é sempre uma cruz, mas cruz que é, simultaneamente, estandarte de vitória, que se empunha com ternura batalhadora contra as investidas do mal. O mau espírito da derrota é irmão da tentação de separar prematuramente o trigo do joio, resultado de uma desconfiança ansiosa e egocêntrica.
86. Não deixemos que nos roubem a esperança!
Sim às relações novas geradas por Jesus Cristo
87. Sair de si mesmo para se unir aos outros faz bem. Fechar-se em si mesmo é provar o veneno amargo da imanência, e a humanidade perderá com cada opção egoísta que fizermos.
88. A verdadeira fé no Filho de Deus feito carne é inseparável do dom de si mesmo, da pertença à comunidade, do serviço, da reconciliação com a carne dos outros. Na sua encarnação, o Filho de Deus convidou-nos à revolução da ternura.
89. Mais do que o ateísmo, o desafio que hoje se nos apresenta é responder adequadamente à sede de Deus de muitas pessoas, para que não tenham de ir apagá-la com propostas alienantes ou com um Jesus Cristo sem carne e sem compromisso com o outro. Se não encontram na Igreja uma espiritualidade que os cure, liberte, encha de vida e de paz, ao mesmo tempo que os chame à comunhão solidária e à fecundidade missionária, acabarão enganados por propostas que não humanizam nem dão glória a Deus.
90. As formas próprias da religiosidade popular são encarnadas, porque brotaram da encarnação da fé cristã numa cultura popular. Por isso mesmo, incluem uma relação pessoal, não com energias harmonizadoras, mas com Deus, Jesus Cristo, Maria, um Santo. Têm carne, têm rostos.
91. Um desafio importante é mostrar que a solução nunca consistirá em escapar de uma relação pessoal e comprometida com Deus, que ao mesmo tempo nos comprometa com os outros.
92. Nisto está a verdadeira cura: de facto, o modo de nos relacionarmos com os outros que, em vez de nos adoecer, nos cura é uma fraternidade mística, contemplativa, que sabe ver a grandeza sagrada do próximo, que sabe descobrir Deus em cada ser humano, que sabe tolerar as moléstias da convivência agarrando-se ao amor de Deus, que sabe abrir o coração ao amor divino para procurar a felicidade dos outros como a procura o seu Pai bom. 

sábado, 7 de dezembro de 2013

Desafios da inculturação da fé - Evangelium Gaudium


68. O substrato cristão dalguns povos – sobretudo ocidentais – é uma realidade viva. Aqui encontramos, especialmente nos mais necessitados, uma reserva moral que guarda valores de autêntico humanismo cristão. Um olhar de fé sobre a realidade não pode deixar de reconhecer o que semeia o Espírito Santo. Significaria não ter confiança na sua acção livre e generosa pensar que não existem autênticos valores cristãos, onde uma grande parte da população recebeu o Batismo e exprime de variadas maneiras a sua fé e solidariedade fraterna.
69. Há uma necessidade imperiosa de evangelizar as culturas para inculturar o Evangelho. Nos países de tradição católica, tratar-se-á de acompanhar, cuidar e fortalecer a riqueza que já existe e, nos países de outras tradições religiosas ou profundamente secularizados, há que procurar novos processos de evangelização da cultura, ainda que suponham projetos a longo prazo. Entretanto não podemos ignorar que há sempre uma chamada ao crescimento: toda a cultura e todo o grupo social necessitam de purificação e amadurecimento.  Mas o melhor ponto de partida para curar e ver-se livre de tais fragilidades é precisamente a piedade popular.
70. Também não podemos ignorar que, nas últimas décadas, se produziu uma ruptura na transmissão geracional da fé cristã no povo católico. É inegável que muitos se sentem desiludidos e deixam de se identificar com a tradição católica, que cresceu o número de pais que não baptizam os seus filhos nem os ensinam a rezar, e que há um certo êxodo para outras comunidades de fé. Algumas causas desta ruptura são a falta de espaços de diálogo familiar, a influência dos meios de comunicação, o subjetivismo relativista, o consumismo desenfreado que o mercado incentiva, a falta de cuidado pastoral pelos mais pobres, a inexistência dum acolhimento cordial nas nossas instituições, e a dificuldade que sentimos em recriar a adesão mística da fé num cenário religioso pluralista.
Desafios das culturas urbanas

71. A nova Jerusalém, a cidade santa (cf. Ap 21, 2-4), é a meta para onde peregrina toda a humanidade. É interessante que a revelação nos diga que a plenitude da humanidade e da história se realiza numa cidade. Precisamos de identificar a cidade a partir dum olhar contemplativo, isto é, um olhar de fé que descubra Deus que habita nas suas casas, nas suas ruas, nas suas praças. A presença de Deus acompanha a busca sincera que indivíduos e grupos efetuam para encontrar apoio e sentido para a sua vida. Ele vive entre os citadinos promovendo a solidariedade, a fraternidade, o desejo de bem, de verdade, de justiça. Esta presença não precisa de ser criada, mas descoberta, desvendada. Deus não Se esconde de quantos O buscam com coração sincero, ainda que o façam tacteando, de maneira imprecisa e incerta.
72. Na cidade, o elemento religioso é mediado por diferentes estilos de vida, por costumes ligados a um sentido do tempo, do território e das relações que difere do estilo das populações rurais. Na vida quotidiana, muitas vezes os citadinos lutam para sobreviver e, nesta luta, esconde-se um sentido profundo da existência que habitualmente comporta também um profundo sentido religioso. Precisamos de o contemplar para conseguirmos um diálogo parecido com o que o Senhor teve com a Samaritana, junto do poço onde ela procurava saciar a sua sede (cf. Jo 4, 7-26).
73. Novas culturas continuam a formar-se nestas enormes geografias humanas onde o cristão já não costuma ser promotor ou gerador de sentido, mas recebe delas outras linguagens, símbolos, mensagens e paradigmas que oferecem novas orientações de vida, muitas vezes em contraste com o Evangelho de Jesus. Uma cultura inédita palpita e está em elaboração na cidade.
74. Torna-se necessária uma evangelização que ilumine os novos modos de se relacionar com Deus, com os outros e com o ambiente, e que suscite os valores fundamentais. A Igreja é chamada a ser servidora dum diálogo difícil. Enquanto há citadinos que conseguem os meios adequados para o desenvolvimento da vida pessoal e familiar, muitíssimos são também os «não-citadinos», os «meio-citadinos» ou os «resíduos urbanos». A cidade dá origem a uma espécie de ambivalência permanente, porque, ao mesmo tempo que oferece aos seus habitantes infinitas possibilidades, interpõe também numerosas dificuldades ao pleno desenvolvimento da vida de muitos.
75. Não podemos ignorar que, nas cidades, facilmente se desenvolve o tráfico de drogas e de pessoas, o abuso e a exploração de menores, o abandono de idosos e doentes, várias formas de corrupção e crime. Ao mesmo tempo, o que poderia ser um precioso espaço de encontro e solidariedade, transforma-se muitas vezes num lugar de retraimento e desconfiança mútua. As casas e os bairros constroem-se mais para isolar e proteger do que para unir e integrar. A proclamação do Evangelho será uma base para restabelecer a dignidade da vida humana nestes contextos, porque Jesus quer derramar nas cidades vida em abundância (cf. Jo 10, 10). O sentido unitário e completo da vida humana proposto pelo Evangelho é o melhor remédio para os males urbanos, embora devamos reparar que um programa e um estilo uniformes e rígidos de evangelização não são adequados para esta realidade. Mas viver a fundo a realidade humana e inserir-se no coração dos desafios como fermento de testemunho, em qualquer cultura, em qualquer cidade, melhora o cristão e fecunda a cidade.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Não à nova idolatria do dinheiro


55. Uma das causas desta situação está na relação estabelecida com o dinheiro, porque aceitamos pacificamente o seu domínio sobre nós e as nossas sociedades. A crise financeira que atravessamos faz-nos esquecer que, na sua origem, há uma crise antropológica profunda: a negação da primazia do ser humano. Criámos novos ídolos: o consumo.
56. Enquanto os lucros de poucos crescem exponencialmente, os da maioria situam-se cada vez mais longe do bem-estar daquela minoria feliz. Tal desequilíbrio provém de ideologias que defendem a autonomia absoluta dos mercados e a especulação financeira. Por isso, negam o direito de controle dos Estados, encarregados de velar pela tutela do bem comum. Instaura-se uma nova tirania invisível, às vezes virtual, que impõe, de forma unilateral e implacável, as suas leis e as suas regras.
Não a um dinheiro que governa em vez de servir
57. Por detrás desta atitude, escondem-se a rejeição da ética e a recusa de Deus.  A ética – uma ética não ideologizada – permite criar um equilíbrio e uma ordem social mais humana. Neste sentido, animo os peritos financeiros e os governantes dos vários países a considerarem as palavras dum sábio da antiguidade: «Não fazer os pobres participar dos seus próprios bens é roubá-los e tirar-lhes a vida. Não são nossos, mas deles, os bens que aferrolhamos».
58. O dinheiro deve servir, e não governar! O Papa ama a todos, ricos e pobres, mas tem a obrigação, em nome de Cristo, de lembrar que os ricos devem ajudar os pobres, respeitá-los e promovê-los. Exorto-vos a uma solidariedade desinteressada e a um regresso da economia e das finanças a uma ética propícia ao ser humano.
Não à desigualdade social que gera violência
59. Hoje, em muitas partes, reclama-se maior segurança. Quando a sociedade – local, nacional ou mundial – abandona na periferia uma parte de si mesma, não há programas políticos, nem forças da ordem ou serviços secretos que possam garantir indefinidamente a tranquilidade. Isto não acontece apenas porque a desigualdade social provoca a reação violenta de quantos são excluídos do sistema, mas porque o sistema social e económico é injusto na sua raiz. Assim como o bem tende a difundir-se, assim também o mal consentido, que é a injustiça, tende a expandir a sua força nociva e a minar, silenciosamente, as bases de qualquer sistema político e social, por mais sólido que pareça.
60. Os mecanismos da economia actual promovem uma exacerbação do consumo, mas sabe-se que o consumismo desenfreado, aliado à desigualdade social, é duplamente daninho para o tecido social. .
Alguns desafios culturais
61. Evangelizamos também procurando enfrentar os diferentes desafios que se nos podem apresentar.  Reconhecemos que, numa cultura onde cada um pretende ser portador duma verdade subjectiva própria, torna-se difícil que os cidadãos queiram inserir-se num projeto comum que vai além dos benefícios e desejos pessoais.
62. Na cultura dominante, ocupa o primeiro lugar aquilo que é exterior, imediato, visível, rápido, superficial, provisório. O real cede o lugar à aparência.
63. A fé católica de muitos povos encontra-se hoje perante o desafio da proliferação de novos movimentos religiosos, alguns tendentes ao fundamentalismo e outros que parecem propor uma espiritualidade sem Deus. Isto, por um lado, é o resultado duma reacção humana contra a sociedade materialista, consumista e individualista e, por outro, um aproveitamento das carências da população que vive nas periferias e zonas pobres, sobrevive no meio de grandes preocupações humanas e procura soluções imediatas para as suas necessidades.
64. O processo de secularização tende a reduzir a fé e a Igreja ao âmbito privado e íntimo. Além disso, com a negação de toda a transcendência, produziu-se uma crescente deformação ética, um enfraquecimento do sentido do pecado pessoal e social e um aumento progressivo do relativismo; e tudo isso provoca uma desorientação generalizada, especialmente na fase tão vulnerável às mudanças da adolescência e juventude. C
65. Apesar de toda a corrente secularista que invade a sociedade, em muitos países – mesmo onde o cristianismo está em minoria – a Igreja Católica é uma instituição credível perante a opinião pública, fiável no que diz respeito ao âmbito da solidariedade e preocupação pelos mais indigentes.
66. A família atravessa uma crise cultural profunda, como todas as comunidades e vínculos sociais. No caso da família, a fragilidade dos vínculos reveste-se de especial gravidade, porque se trata da célula básica da sociedade, o espaço onde se aprende a conviver na diferença e a pertencer aos outros e onde os pais transmitem a fé aos seus filhos.
67. O individualismo pós-moderno e globalizado favorece um estilo de vida que debilita o desenvolvimento e a estabilidade dos vínculos entre as pessoas e distorce os vínculos familiares. A acção pastoral deve mostrar ainda melhor que a relação com o nosso Pai exige e incentiva uma comunhão que cura, promove e fortalece os vínculos interpessoais. Enquanto no mundo, especialmente nalguns países, se reacendem várias formas de guerras e conflitos, nós, cristãos, insistimos na proposta de reconhecer o outro, de curar as feridas, de construir pontes, de estreitar laços e de nos ajudarmos «a carregar as cargas uns dos outros» (Gal 6, 2). Além disso, vemos hoje surgir muitas formas de agregação para a defesa de direitos e a consecução de nobres objectivos. Deste modo se manifesta uma sede de participação de numerosos cidadãos, que querem ser construtores do desenvolvimento social e cultural.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

NA CRISE DO COMPROMISSO COMUNITÁRIO (Evangelium Gaudium)



1. Alguns desafios do mundo actual
52. A humanidade vive, neste momento, uma viragem histórica, que podemos constatar nos progressos que se verificam em vários campos. Esta mudança de época foi causada pelos enormes saltos qualitativos, quantitativos, velozes e acumulados que se verificam no progresso científico, nas inovações tecnológicas e nas suas rápidas aplicações em diversos âmbitos da natureza e da vida. Estamos na era do conhecimento e da informação, fonte de novas formas dum poder muitas vezes anónimo.
Não a uma economia da exclusão
53. Assim como o mandamento «não matar» põe um limite claro para assegurar o valor da vida humana, assim também hoje devemos dizer «não a uma economia da exclusão e da desigualdade social». Esta economia mata. Não é possível que a morte por enregelamento dum idoso sem abrigo não seja notícia, enquanto o é a descida de dois pontos na Bolsa. Isto é exclusão. Não se pode tolerar mais o facto de se lançar comida no lixo, quando há pessoas que passam fome. IOs excluídos não são «explorados», mas resíduos, «sobras».
54. Neste contexto, alguns defendem ainda as teorias da «recaída favorável» que pressupõem que todo o crescimento económico, favorecido pelo livre mercado, consegue por si mesmo produzir maior equidade e inclusão social no mundo. Para se poder apoiar um estilo de vida que exclui os outros ou mesmo entusiasmar-se com este ideal egoísta, desenvolveu-se uma globalização da indiferença. Quase sem nos dar conta, tornamo-nos incapazes de nos compadecer ao ouvir os clamores alheios, já não choramos à vista do drama dos outros, nem nos interessamos por cuidar deles, como se tudo fosse uma responsabilidade de outrem, que não nos incumbe. A cultura do bem-estar anestesia-nos, a ponto de perdermos a serenidade se o mercado oferece algo que ainda não compramos, enquanto todas estas vidas ceifadas por falta de possibilidades nos parecem um mero espectáculo que não nos incomoda de forma alguma.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

4. A missão que se encarna nas limitações humanas


40. A Igreja, que é discípula missionária, tem necessidade de crescer na sua interpretação da Palavra revelada e na sua compreensão da verdade.
41. E a renovação das formas de expressão torna-se necessária para transmitir ao homem de hoje a mensagem evangélica no seu significado imutável».
42. Há coisas que se compreendem e apreciam só a partir desta adesão que é irmã do amor, para além da clareza com que se possam compreender as razões e os argumentos. Por isso, é preciso recordar-se de que cada ensinamento da doutrina deve situar-se na atitude evangelizadora que desperte a adesão do coração com a proximidade, o amor e o testemunho.
43. No seu constante discernimento, a Igreja pode chegar também a reconhecer costumes próprios não diretamente ligados ao núcleo do Evangelho, alguns muito radicados no curso da história, que hoje já não são interpretados da mesma maneira e cuja mensagem habitualmente não é percebida de modo adequado. Podem até ser belos, mas agora não prestam o mesmo serviço à transmissão do Evangelho. Não tenhamos medo de os rever! E, citando Santo Agostinho, observava que os preceitos adicionados posteriormente pela Igreja se devem exigir com moderação, «para não tornar pesada a vida aos fiéis» nem transformar a nossa religião numa escravidão, quando «a misericórdia de Deus quis que fosse livre».
44.Portanto, sem diminuir o valor do ideal evangélico, é preciso acompanhar, com misericórdia e paciência, as possíveis etapas de crescimento das pessoas, que se vão construindo dia após dia. Aos sacerdotes, lembro que o confessionário não deve ser uma câmara de tortura, mas o lugar da misericórdia do Senhor que nos incentiva a praticar o bem possível. Um pequeno passo, no meio de grandes limitações humanas, pode ser mais agradável a Deus do que a vida externamente correcta de quem transcorre os seus dias sem enfrentar sérias dificuldades. A todos deve chegar a consolação e o estímulo do amor salvífico de Deus, que opera misteriosamente em cada pessoa, para além dos seus defeitos e das suas quedas.
45. Nunca se fecha, nunca se refugia nas próprias seguranças, nunca opta pela rigidez auto-defensiva. Sabe que ele mesmo deve crescer na compreensão do Evangelho e no discernimento das sendas do Espírito, e assim não renuncia ao bem possível, ainda que corra o risco de sujar-se com a lama da estrada.
5. Uma mãe de coração aberto

46. A Igreja «em saída» é uma Igreja com as portas abertas. Sair em direcção aos outros para chegar às periferias humanas não significa correr pelo mundo sem direcção nem sentido. Muitas vezes é melhor diminuir o ritmo, pôr de parte a ansiedade para olhar nos olhos e escutar, ou renunciar às urgências para acompanhar quem ficou caído à beira do caminho. Às vezes, é como o pai do filho pródigo, que continua com as portas abertas para, quando este voltar, poder entrar sem dificuldade.
47. A Igreja é chamada a ser sempre a casa aberta do Pai. Um dos sinais concretos desta abertura é ter, por todo o lado, igrejas com as portas abertas. Assim, se alguém quiser seguir uma moção do Espírito e se aproximar à procura de Deus, não esbarrará com a frieza duma porta fechada. Mas há outras portas que também não se devem fechar: todos podem participar de alguma forma na vida eclesial, todos podem fazer parte da comunidade, e nem sequer as portas dos sacramentos se deveriam fechar por uma razão qualquer. Isto vale sobretudo quando se trata daquele sacramento que é a «porta»: o Baptismo. A Eucaristia, embora constitua a plenitude da vida sacramental, não é um prémio para os perfeitos, mas um remédio generoso e um alimento para os fracos. Estas convicções têm também consequências pastorais, que somos chamados a considerar com prudência e audácia. Muitas vezes agimos como controladores da graça e não como facilitadores. Mas a Igreja não é uma alfândega; é a casa paterna, onde há lugar para todos com a sua vida fadigosa.
48. Se a Igreja inteira assume este dinamismo missionário, há-de chegar a todos, sem excepção. Mas, a quem deveria privilegiar? Quando se lê o Evangelho, encontramos uma orientação muito clara: não tanto aos amigos e vizinhos ricos, mas sobretudo aos pobres e aos doentes, àqueles que muitas vezes são desprezados e esquecidos, «àqueles que não têm com que te retribuir» (Lc 14, 14). Não devem subsistir dúvidas nem explicações que debilitem esta mensagem claríssima. Hoje e sempre, «os pobres são os destinatários privilegiados do Evangelho», e a evangelização dirigida gratuitamente a eles é sinal do Reino que Jesus veio trazer. Há que afirmar sem rodeios que existe um vínculo indissolúvel entre a nossa fé e os pobres. Não os deixemos jamais sozinhos!
49. Saiamos, saiamos para oferecer a todos a vida de Jesus Cristo! Repito aqui, para toda a Igreja, aquilo que muitas vezes disse aos sacerdotes e aos leigos de Buenos Aires: prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças. Não quero uma Igreja preocupada com ser o centro, e que acaba presa num emaranhado de obsessões e procedimentos. Se alguma coisa nos deve santamente inquietar e preocupar a nossa consciência é que haja tantos irmãos nossos que vivem sem a força, a luz e a consolação da amizade com Jesus Cristo, sem uma comunidade de fé que os acolha, sem um horizonte de sentido e de vida. Mais do que o temor de falhar, espero que nos mova o medo de nos encerrarmos nas estruturas que nos dão uma falsa protecção, nas normas que nos transformam em juízes implacáveis, nos hábitos em que nos sentimos tranquilos, enquanto lá fora há uma multidão faminta e Jesus repete-nos sem cessar: «Dai-lhes vós mesmos de comer» (Mc 6, 37).

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

3. A partir do coração do Evangelho (Evangelium Gaudium)



34. Se pretendemos colocar tudo em chave missionária, isso aplica-se também à maneira de comunicar a mensagem. Portanto, convém ser realistas e não dar por suposto que os nossos interlocutores conhecem o horizonte completo daquilo que dizemos ou que eles podem relacionar o nosso discurso com o núcleo essencial do Evangelho que lhe confere sentido, beleza e fascínio.
35. Quando se assume um objectivo pastoral e um estilo missionário, que chegue realmente a todos sem excepções nem exclusões, o anúncio concentra-se no essencial, no que é mais belo, mais importante, mais atraente e, ao mesmo tempo, mais necessário.
36. Todas as verdades reveladas procedem da mesma fonte divina e são acreditadas com a mesma fé, mas algumas delas são mais importantes por exprimir mais diretamente o coração do Evangelho. Neste núcleo fundamental, o que sobressai é a beleza do amor salvífico de Deus manifestado em Jesus Cristo morto e ressuscitado.
37. São Tomás de Aquino ensinava que, também na mensagem moral da Igreja, há uma hierarquia nas virtudes e ações que delas procedem. Aqui o que conta é, antes de mais nada, «a fé que atua pelo amor» (Gl 5, 6). As obras de amor ao próximo são a manifestação externa mais perfeita da graça interior do Espírito: «O elemento principal da Nova Lei é a graça do Espírito Santo, que se manifesta através da fé que opera pelo amor». Por isso afirma que, relativamente ao agir exterior, a misericórdia é a maior de todas as virtudes: «Em si mesma, a misericórdia é a maior das virtudes; na realidade, compete-lhe debruçar-se sobre os outros e – o que mais conta – remediar as misérias alheias. Ora, isto é tarefa especialmente de quem é superior; é por isso que se diz que é próprio de Deus usar de misericórdia e é, sobretudo nisto, que se manifesta a sua omnipotência».
38. É importante tirar as consequências pastorais desta doutrina conciliar, que recolhe uma antiga convicção da Igreja. Antes de mais nada, deve-se dizer que, no anúncio do Evangelho, é necessário que haja uma proporção adequada. Esta reconhece-se na frequência com que se mencionam alguns temas e nas acentuações postas na pregação.
39. Tal como existe uma unidade orgânica entre as virtudes que impede de excluir qualquer uma delas do ideal cristão, assim também nenhuma verdade é negada. Não é preciso mutilar a integridade da mensagem do Evangelho. Além disso, cada verdade entende-se melhor se a colocarmos em relação com a totalidade harmoniosa da mensagem cristã: e, neste contexto, todas as verdades têm a sua própria importância e iluminam-se reciprocamente. Quando a pregação é fiel ao Evangelho, manifesta-se com clareza a centralidade de algumas verdades e fica claro que a pregação moral cristã não é uma ética estóica, é mais do que uma ascese, não é uma mera filosofia prática nem um catálogo de pecados e erros. O Evangelho convida, antes de tudo, a responder a Deus que nos ama e salva, reconhecendo-O nos outros e saindo de nós mesmos para procurar o bem de todos. Este convite não há-de ser obscurecido em nenhuma circunstância! Todas as virtudes estão ao serviço desta resposta de amor. Se tal convite não refulge com vigor e fascínio, o edifício moral da Igreja corre o risco de se tornar um castelo de cartas, sendo este o nosso pior perigo; é que, então, não estaremos propriamente a anunciar o Evangelho, mas algumas acentuações doutrinais ou morais, que derivam de certas opções ideológicas. A mensagem correrá o risco de perder o seu frescor e já não ter «o perfume do Evangelho».

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

2. Pastoral em conversão (Evangelium Gaudium)


25. Não ignoro que hoje os documentos não suscitam o mesmo interesse que noutras épocas, acabando rapidamente esquecidos. ANeste momento, não nos serve uma «simples administração». Constituamo-nos em «estado permanente de missão», em todas as regiões da terra.
26. Paulo VI convidou a alargar o apelo à renovação de modo que ressalte, com força, que não se dirige apenas aos indivíduos, mas à Igreja inteira.
 Há estruturas eclesiais que podem chegar a condicionar um dinamismo evangelizador; de igual modo, as boas estruturas servem quando há uma vida que as anima, sustenta e avalia. Sem vida nova e espírito evangélico autêntico, sem «fidelidade da Igreja à própria vocação», toda e qualquer nova estrutura se corrompe em pouco tempo.
27. Sonho com uma opção missionária capaz de transformar tudo, para que os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial se tornem um canal proporcionado mais à evangelização do mundo actual que à auto-preservação. A reforma das estruturas, que a conversão pastoral exige, só se pode entender como dizia João Paulo II aos Bispos da Oceânia, «toda a renovação na Igreja há-de ter como alvo a missão, para não cair vítima duma espécie de introversão eclesial».
28. A paróquia não é uma estrutura caduca.  A paróquia é comunidade de comunidades, santuário onde os sedentos vão beber para continuarem a caminhar, e centro de constante envio missionário.
29. As outras instituições eclesiais, comunidades de base e pequenas comunidades, movimentos e outras formas de associação são uma riqueza da Igreja que o Espírito suscita para evangelizar todos os ambientes e sectores. Mas é muito salutar que não percam o contacto com esta realidade muito rica da paróquia local e que se integrem de bom grado na pastoral orgânica da Igreja particular. Esta integração evitará que fiquem só com uma parte do Evangelho e da Igreja, ou que se transformem em nómades sem raízes.
30. Exorto também cada uma das Igrejas particulares a entrar decididamente num processo de discernimento, purificação e reforma.
31. O Bispo deve favorecer sempre a comunhão missionária na sua Igreja diocesana, seguindo o ideal das primeiras comunidades cristãs, em que os crentes tinham um só coração e uma só alma (cf. Act 4, 32) .
32. Dado que sou chamado a viver aquilo que peço aos outros, devo pensar também numa conversão do papado. Também o papado e as estruturas centrais da Igreja universal precisam de ouvir este apelo a uma conversão pastoral. O Concílio Vaticano II afirmou que, à semelhança das antigas Igrejas patriarcais, as conferências episcopais podem «aportar uma contribuição múltipla e fecunda, para que o sentimento colegial leve a aplicações concretas».
33. A pastoral em chave missionária exige o abandono deste cómodo critério pastoral: «fez-se sempre assim». Convido todos a serem ousados e criativos nesta tarefa de repensar os objectivos, as estruturas, o estilo e os métodos evangelizadores das respectivas comunidades. 
Importante é não caminhar sozinho, mas ter sempre em conta os irmãos e, de modo especial, a guia dos Bispos, num discernimento pastoral sábio e realista.