sexta-feira, 8 de novembro de 2013

A alegria de Deus não é a morte do pecador, mas a sua vida

O Evangelho de Lc 15,1-10, explicado pelo Papa, mostra o espanto dos escribas e fariseus em relação a Jesus, percebido como uma "ameaça" por sua proximidade com os pecadores e que, por essa razão, "ofende a Deus" e "contamina o ministério do profeta".
Mas Jesus tacha a "música da hipocrisia" de seus adversários e a “murmuração hipócrita” deles, e responde com uma "alegre parábola" em que destaca a "alegria de Deus” diante da ação de seu Filho que perdoa os pecadores.  
De fato, Deus "não gosta de perder”, então, vai em busca “daqueles que estão longe dEle. Como o pastor que vai em busca da ovelha perdida". Seu "trabalho" é buscar qualquer criatura e "convidar para a festa de todos, bons e maus”.
Deus não quer perder nenhum dos seus, assim como Jesus revela na oração da Quinta-feira Santa: “Pai, que não se perda nenhum daqueles que tu me deste”.
Em sua busca pelos homens, Deus " tem uma certa fraqueza de amor para com aqueles que estão mais distantes, que estão perdidos", disse o Papa. Esta busca não para, como o pastor do Evangelho de hoje, que procura incansavelmente sua ovelha ou como a mulher da parábola " que quando perde uma moeda acende a luz, varre a casa e procura cuidadosamente”.
O reencontro da ovelha perdida, no entanto, não diz respeito apenas a ela e ao pastor, mas deve envolver as noventa e nove restantes que permaneceram no campo, e ninguém lhe pode dizer mas “tu és uma de nós” para que volte a ganhar a “dignidade”. Sem distinção, “Deus coloca tudo nos seus lugares” e ao fazê-lo "se alegra" sempre.
"A alegria de Deus não é a morte do pecador, mas a sua vida", acrescentou o Santo Padre, destacando o comportamento daqueles que "murmuravam contra Jesus": pessoas "distantes do coração de Deus", que "não o conheciam", que identificavam o ser religioso pela boa educação. Esta atitude, no entanto, não tem nada a ver com a fé, mas apenas com a "hipocrisia de murmurar”.
A alegria de Deus é "aquela do amor" que vai infinitamente além de nossa vergonha, e do nosso senso de indignidade. Se um homem diz: "Eu sou um pecador ", a resposta de Deus será sempre: "Eu te amo do mesmo jeito e eu vou encontrá-lo e levá-lo para casa”.

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