O Papa Francisco publicou a Encíclica Lumen Fidei (A Luz da Fé), sobre a fé, bem no decorrer do Ano da Fé.
O primeiro capítulo traz o título – “acreditamos no amor”. Nosso ato de fé é precedido pelo amor de Deus, que se manifesta ao mundo e nos faz experimentar seu amor salvador; a experiência do amor precede a fé!
“Ele me amou e por mim se entregou na cruz”, exclama São Paulo, depois de fazer a experiência do encontro com Jesus Cristo no caminho de Damasco; sua fé foi vivíssima e inabalável porque experimentou o “mistério” do amor de Deus, manifestado em Cristo Jesus.
A encíclica fala, no capítulo 2º, que é preciso crer para compreender; de fato, a fé é um dom sobrenatural, que nos é dado como luz forte, que nos faz perceber melhor aquilo que queremos compreender. É o contrário do que, geralmente, as pessoas imaginam: não é “ver para crer”, mas “crer para ver”.
Um belo capítulo trata da transmissão da fé: esta é uma das preocupações sérias da Igreja em nossos dias. O papa fala que a Igreja é “a mãe da nossa fé”. Esta não é um fato individual e subjetivo: aquilo que cremos foi transmitido a nós, vem de longe, dos apóstolos! “Transmiti-vos aquilo que eu mesmo recebi”, observou São Paulo (1Cor 15,3). Cremos no testemunho de quem creu primeiro; e temos motivos bons para fazer isso! Cremos com quem já creu, os mártires, os santos, os mestres da fé ao longo da história. Cremos e temos o compromisso de continuar a transmitir hoje essa preciosa herança da fé!
Enfim, a encíclica trata das obras da fé. “A fé, sem as obras, é morta em si mesma”, já advertia São Tiago! Mas não se trata de opor as obras à fé: estas são decorrência e fruto da fé verdadeira. Crendo, nós nos colocamos na sintonia com o plano de Deus sobre este mundo e sobre a nossa vida. E então, surgem as obras da fé e cessam as obras contrárias à fé, porque são contrárias a Deus e ao seu amor!
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