domingo, 19 de janeiro de 2014

Francisco, o “papa das surpresas”


 

O Papa gosta de falar de surpresas
“Deus é sempre uma surpresa e, portanto, você nunca sabe onde e como o encontrará, 
porque não é você que escolhe a hora e o lugar do encontro”.
É uma surpresa vista também em suas duas vertentes: “você me deu uma surpresa”, porque, quando Cristo se aproxima, é sempre buscando confiar-se ao homem; e “você me surpreendeu” porque, ainda que o cristianismo nasça de um encontro, também é verdade que, desse encontro, nós não decidimos os tempos nem tampouco podemos tomar a iniciativa.

Se o Deus das surpresas não está no centro, a Igreja se desorienta. Ela também poderá organizar surpresas, mas lhe faltará o ingrediente necessário para não concebê-las como farsas: a impossibilidade de prever. E, por conseguinte, a grandeza de quem aceita deixar-se surpreender. A grandeza de deixar-se amar, mais do que buscar amar.
Ele é chamado de “Papa das surpresas”. Mas depois as pessoas se ofendem quando as surpresas que ele oferece ao mundo não correspondem à sua vontade. Desde que o mundo existe, no entanto, a surpresa é bela quando é inesperada, imprevisível, inimaginável. As outras parecem aqueles presentes que aniversário que, ao abrir, temos de fingir que nos surpreendemos.

Já ouve essa época também na Igreja: certas surpresas tinham pouco de surpreendentes, ainda que estivessem na moda. Uns faziam surpresas a outros, ou seja, compartilhava-se a apatia do descontento.

Mas agora chegou a hora: a única surpresa é Cristo.

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