A família é o lugar da conversão e do perdão pois é o lugar da convivência, lugar onde as pessoas se encontram e se desencontram umas com as outras permitindo assim um conhecimento mais profundo do outro.
O Espelho: Dizem que se você quer se conhecer a si mesmo, você deve perguntar a quem convive consigo quem você é, pois ele vai te dizer, pois convivendo consigo ele age como um espelho: vê o que o você não vê e por isso ás vezes para ajudar você acaba apontando aquilo que você não enxerga e aí surgem os conflitos.
Percebo que as pessoas possuem uma grande dificuldade de falarem de si mesmas. O ideal seria quando alguém lhe perguntasse quem é você que você dissesse: “Pergunte a meu filho, a meu esposo. Eles vão dizer quem sou na verdade!” Mas, por imaturidade ás vezes temos medo de permitir que o outro expresse a nossa verdade.
Enfim, na família as diferenças são sentidas e desta forma, como Deus disse: “1. “Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor. 2. Todo ramo que não dá fruto em mim, ele corta; e todo ramo que dá fruto, ele limpa, para que dê mais fruto ainda.” (Jo 15). A videira é a família – numa linguagem alegórica – os ramos são os membros da família. Todo ramo precisa ser limpo, isso é, precisa ser podado. E a convivência familiar permite que esta poda aconteça, pois, sou obrigado a suportar com paciência a fraqueza do próximo, e, assim, obrigado a controlar meu temperamento; sou levado a viver o perdão quando os desencontros acontecem, a pedir perdão mesmo ao outro; a reconhecer meus limites diante do outro, a ter que ouvir o outro quando na verdade o meu desejo seria nem querer estar perto dele, a ter que silenciar, quando gostaria de falar, a ter que corrigir o outro quando ele está errado, quando preferiria fazer vista grossa, etc... tipo eu não me meto na vida dele e ele não se mete na minha vida.
A família é uma escola da misericórdia, lugar onde se aprende a viver a misericórdia e vivendo a misericórdia vivo a conversão.
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